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Brevemente aqui você encontrará informações sobre como funciona o curso de PIloto de Planador. Por enquanto, para quem não conhece o Vôo a Vela, segue uma breve descrição do nosso esporte.

O Vôo em Planadores

O vôo em planadores é chamado de Vôo a Vela, o que muitas vezes dificulta a compreensão dos que não conhecem o esporte. Atualmente existe uma preocupação dos que praticam o esporte em passar a chamar os eventos ligados ao Vôo a Vela de qualquer coisa que inclua a palavra Planador, que é de mais fácil assimilação.

 

Por definição, todo avião desprovido de motor é um planador, porém, o Planador, na verdadeira acepção da palavra é um avião desenhado especificamente para realizar vôos de longa duração contando apenas com a energia proporcionada pela movimentação vertical do ar da atmosfera, tendo para tal, um desenho próprio, com asas bem mais longas que as dos aviões que se utilizam do motor como forma de propulsão.

1. O Início do Vôo

Como o planador não tem motor, ele precisa de um avião para levá-lo até uma altura suficiente para que ele possa tirar proveito das correntes ascendentes de ar. O avião que leva o planador é chamado de avião rebocador. Ele é geralmente um avião pequeno, mas com um bom motor, com potência suficiente para ganhar altura rapidamente, carregando seu próprio peso mais o do planador. O rebocador é equipado com um gancho na cauda, onde se prende a corda de reboque, que é ligada ao planador.

O planador, por sua vez, também é equipado com um gancho, normalmente preso no nariz e, tanto o piloto do planador como o piloto do rebocador podem desconectar a corda. Isso é feito sempre pelo piloto do planador, após atingirem a altura pré-determinada - normalmente 600 metros acima do solo. O piloto do rebocador, após o desligamento do planador, retorna para pouso, soltando a corda em local apropriado antes de pousar, de forma que ela venha a ser usada para o próximo vôo.

 2. O Vôo Planado

Um planador perde em torno de 1 metro de altura para cada 30 metros que avança, assim, partindo de 600 metros de altura, ele é capaz de percorrer 18 quilômetros antes de chegar de volta ao solo. Isso significa que você não consegue ir até muito longe da pista de onde decolou, nem tampouco realizará um vôo longo, porque essa descida a partir de 600 metros não durará mais que uns 15 minutos. Para prolongar o vôo ou ir mais longe, é necessário se usar as correntes ascendentes, chamadas térmicas.

 3 O Vôo a Vela

Do ponto onde o planador se desliga do rebocador, normalmente ele continua a subir, agora através do uso das térmicas. O piloto do rebocador, que é também piloto de planador (requisito obrigatório para pilotos rebocadores), enquanto está subindo com o planador a reboque, vai procurando térmicas, e controla as coisas de forma a passar por uma boa térmica ao atingir a altura padrão de desligamento, ou seja, 600 metros.

 As térmicas são o “combustível” do planador. Se você deseja realizar um vôo longo ou passear por um tempo pelas redondezas, precisa saber reconhecer a presença de uma térmica e como utilizar sua energia para ganhar altura e poder usa-la enquanto se desloca até a próxima térmica. Esse é o método usado nas navegações em planador: subir nas térmicas até a base das nuvens e deslizar pelo céu até a próxima térmica, subir novamente, e assim por diante.

4. Vôo de Competição

Voar de planador é uma experiência muito interessante, porém navegar (vôo “cross-country”) é um desafio a ser vencido por todo piloto que obtém sua licença para voar solo (sem a companhia do instrutor).

A forma mais usual de prova para planadores consiste na determinação de um triângulo (geralmente entre 200 e 400 Km de perímetro) a ser voado no menor tempo possível. Isso significa que as provas de planador são provas de velocidade. Para voar o mais rápido possível você precisa encontrar térmicas sem perder muito tempo, ganhar altura nas térmicas mais fortes e voar a velocidades corretas entre as térmicas.

O tempo gasto no percurso é dado por câmeras com relógio, que estampam a hora cada vez que é tomada uma foto pelo piloto, na saída, em cada objetivo fotográfico determinado pela organização.

Para voar em competições é necessário um alto grau de experiência dos participantes, já que o piloto tem que se envolver com muitos cálculos e tomadas de decisões durante o vôo, de forma que o ato de controlar o planador tem que se dar de forma natural e sem necessidade de pensar sobre cada movimento nos comandos.